A Curimba é um elemento magístico dentro das religiões Afro. É através do toque dos instrumentos e do canto dos pontos que se faz a conexão com os Orixás e Guias espirituais.
Quem toca a Curimba é o Ogã. Na Umbanda temos as seguintes categorias de Ogã:
1 - Ogã Curimbeiro - aquele que somente canta os pontos;
2 - Ogã Tabaqueiro - aquele que toca os instrumentos de percussão;
3 - Ogã Curimbeiro e Tabaqueiro - aquele que canta e toca os instrumentos;
4 - Ogã - aquele que coordena o grupo da curimba direcionando os pontos e toques a serem tocados.
A palavra Ogã é de origem Yorubá que significa O SENHOR DA MINHA CASA. Assim o Ogã é o líder espiritual consciente
durante os trabalhos, o responsável por conduzir e garantir que todos os ritos necessários para os trabalhos espirituais estão sendo cumpridos.Por este motivo todos os filhos da casa devem a reverência pedindo a sua benção.
A mediunidade do Ogã está ligada ao seu poder de canto, toque ou dos dois juntos e sua mediunidade é utilizada durante todo o ritual. O plano espiritual contempla a sua energia nas mãos e no aparelho vocal do médium permitindo que seu canto e seu toque sejam trabalhados nos planos físico e astral.
Existem diversos preceitos que podem ser seguidos pelos Ogãs antes de entrarem na gira. A limpeza das mãos com banhos de ervas ou iluminar os instrumentos são os mais comuns.
No candomblé o Ogã assume com exclusividade esta função dentro do rito religioso. Na Umbanda muitas casas mantém esta tradição mas temos mutas outras que não impedem o Ogã de também poder incorporar e trabalhar outro tipo de mediunidade. Respeito ambas as decisões, cabe ao Sacerdote da casa de cumprir aquilo que melhor condiz com o que acredita.
Os pontos cantados são intuídos à muitos Ogãs, e eles trazem sempre um mistério a ser decifrado, um ensinamento a ser dividido, uma história a ser contada ou a adoração que dedicamos ao espiritual. Assim, os pontos sempre nos levam para um estado de oração pois nos conectam com os ensinamentos da fé e nos trazem evolução pois através deles adquirimos conhecimentos.
Quando o Ogã toca um ponto ele mais do que gera um som ele faz um chamado espiritual.
Quando um ponto é cantado ele é muito mais que uma música, ele é uma oração pois nos coloca em contato com os Orixás e Guias aflorando nossas emoções, é um rito de pura fé.
Os instrumentos utilizados devem ser consagrados para esta finalidade, algumas casas não permitem a sua utilização fora das giras. Por este motivo devemos saudá-lo e deve fazer parte do preceito de saudação da casa.
A soma do som dos instrumentos com a música fazem da curimba um elemento essencial dentro de um ritual afro onde pois é a responsável pela sinergia dos trabalhos.
Axé de verdade tem que ter curimba !
Faça da sua vida um rito de fé, seja feliz e Axé !!!
Luís Guilherme Campos Santos
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Axé !!!!