(Prisicila Mengue São Paulo 11/02/2019 – Estadão)
O tombamento de cinco
casas de religiões de matriz africana da capital e da região metropolitana de
São Paulo foi aprovado em reunião no dia 28 de janeiro.
A decisão foi tomada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio
Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat). Também foi
determinado o registro do Santuário Nacional da Umbanda, de São Bernardo do
Campo, no ABC Paulista, como patrimônio cultural imaterial do Estado.
O estudo de tombamento foi aberto no ano passado após a criação
do grupo do trabalho "Territórios Tradicionais de Matriz Africana Tombado que
reuniu lideranças religiosas e representantes do Estado e do Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Os pedidos de tombamento foram originalmente abertos entre 2013
e 2017, mas, no ano passado, reunidos em um processo único. A decisão recai
especialmente em relação ao perímetro formado pelo lote, incluindo a
localização do barracão e das árvores consagradas, por exemplo.
Os espaços tombados são: Terreiro de Candomblé Santa Bárbara, de
Brasilândia, na zona norte da capital paulista; Casa de Culto Dambala Kuere-Rho
Bessein, de Santo André, no ABC Paulista; Centro Cultural Ilê Afro-brasileiro
Odé Loreci, de Embu das Artes, na região metropolitana; Templo de Culto Sagrado
Tatá Pércio do Battistini Ilê Alákétu Asé Ayrá e Centro Cultural Ilê Olá Omi
Asé Opo Araka, ambos de São Bernardo do Campo, no ABC.
O Terreiro de Candomblé Santa Bárbara é considerado o primeiro
da cidade de São Paulo, sendo datado dos anos 60, quando foi fundado por Julita
Lima da Silva, a Mãe Manaundê.
Já a Casa de Culto Dambala Kuere-Rho Bessein está instalada em
Santo André há mais de 30 anos. O espaço tem origem no grupo étnico Ewe/Fon,
originário do Benin, na África, sendo um dos pouco com tal característica no
País.
De 1996, o Centro
Cultural Ilê Olá Omi Asé Opo Araka é um dos terreiros de candomblé mais
conhecidos do Estado, atraindo até mesmo autoridades políticas.
O Centro Cultura Odé
Lorecy, por sua vez, é referência por reunir um acervo com roupas, insígnias,
esculturas, máscaras e outros itens ligados a divindades do panteão africano.
Já o Santuário
Nacional da Umbanda faz parte da Reserva Ecológica da Serra do Mar, em que
terreno de 645 mil metros quadrados em meio à mata nativa. Em seu site, a
instituição se autodenomina de "Meca da umbanda".
Antes dos locais
citados, apenas o Terreiro Aché Ilé Obá havia sido tombado pelo Condephaat, em
1990. Ele fica localizado no Jabaquara, na região sul da capital paulista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentário. Assim que possível retornaremos a sua solicitação.
Axé !!!!